Afinal, são meses de planejamento e muita organização para que cada detalhe fique perfeito, principalmente por que esta data é para a maioria das mulheres um marco que representa uma nova vida.
Triunfar no altar ao lado do pai, a maquiagem, o cabelo, a decoração, as lembrancinhas e, em especial o vestido devem estar em sintonia para que a noiva brilhe e o seu sonho seja realizado.
Além de brilhar para o seu futuro marido a nova deve brilhar para os convidados que vão testemunhar essa união.
Toda vivacidade, toda luz, todo encanto da noiva gira em torno do seu vestido que passa a ser como uma obra de arte. Muitas vezes, parece o que vestido da noiva ganha até vida própria com as sobreposições e suas texturas onde os bordados se projetam e as dobras e drapeados dão sensações de 3D. E assim, caracteriza-se o sonho do dia que é o dia mais feliz da sua vida...
Tradição
Mais do que uma veste nupcial, o vestido de noiva resgata parte da cultura, da religiosidade e da história da humanidade. Seus tecidos, volumes e complementos, simbolizam a magia que envolve a união dos cônjuges e demonstram a profundidade do conceito de amor para a cultura do ocidental. Diferente de outro traje social de luxo preparado para ocasiões especiais, o vestido de noiva tem um significado acentuado na tradição ocidental.
Para a civilização romana, a cerimônia de casamento era individualizada, diferente das outras cerimônias civis através do traje, que era preparado exclusivamente para a ocasião quando a noiva vestia uma túnica branca e se envolvia com um véu de linho muito fino de cor púrpura. Este véu tinha o nome de “flammeun”. Nesta ocasião, a jovem arrumava o cabelo com tranças e enfeitava com uma coroa de flores de verbena. As flores, num casamento, sempre foram sinônimos de fertilidade. O vestido de noiva surgiu neste período com a função específica de apresentar para a comunidade as posses da família da moça. Sua simbologia era a do poder e sua função era social. A noiva era apresentada com um vestido vermelho ricamente bordado e sobre a cabeça um véu branco bordado com fios dourados. O vermelho representava a capacidade da noiva de gerar sangue novo e continuar a estirpe. O véu branco falava da sua castidade.
Quanto à união dos cônjuges das famílias mais humildes deste período acontecia com festejo popular, no centro da comunidade, num domingo de santo. Geralmente ocorria no dia de Santo Antônio que era o quem abençoava e protegia estas uniões sem dote, no entanto, de grande estima para a fertilização dos campos e lavoura. A comemoração do casamento popular se dava em maio, em geral no início da colheita e representava a fertilidade da terra e a abundância na casa do homem do campo.
No Renascimento, com a ascensão da burguesia mercantil, a apresentação da noiva se tornou mais luxuosa.
De início, as cores eram variadas, contanto que os vestidos fossem suntuosos, luxuosos. No período Rococó, as noivas se casavam vestidas com tecidos brilhantes, bordados com pedrarias, com babados de renda nas mangas e decotes e as cores preferidas eram as florais, cores pastel, sendo que as mais comuns eram a Lilás, a cor de Pêssego e o verde Malva. Este hábito era seguido tanto pelas jovens da aristocracia, como pelas noivas de menor poder aquisitivo.
Atualidade
Sobre a origem do vestido branco, não há uma conformidade. Alguns registros indicam que a rainha Mary Stuart, da Escócia, foi pioneira e aderiu ao branco no século XVI. Outro relato é sobre o casamento da rainha Maria de Médici, da França, no século XVII. Natural da Itália, Maria usou uma vestimenta branca, com detalhes dourados e com decote quadrado, causando a maior agitação na corte francesa.
Muitos atribuem a origem do vestido de noiva branco à rainha Vitória, da Inglaterra, no século XIX. Isso porque ela foi uma das primeiras nobres a se casar por amor e em um esplendoroso traje, com vestido e véu brancos e sem coroa, o que também foi inédito.
Da realeza ao povo mais humilde, atualmente na tradição dos vestidos de noiva, o branco prevalece. E para quem já está com a data marcada, seguem algumas tendências que vão ajudar no processo da escolha pelo modelo de vestido ideal que realce sua beleza e sua personalidade neste dia que é todo seu.
Entre as principais apostas, os longos e volumosos continuam sendo as principais apostas dos estilistas. Os tecidos variam, ora esvoaçantes ora acetinados que conferem delicadeza. Os pontos altos dos vestidos estão á riqueza da forma vasta que evidencia a noiva.
Outra tendência marcante é o estilo sereia ou trompete que levam este nome por trazerem contornos ajustados para as regiões da cintura, quadril e pernas e a partir do joelho até a barra possuem fendas que forma um triângulo, que se caracteriza como as caudas das figuras místicas das sereias.
Vale lembrar que em 2011, estes modelos ganham extensões no tamanho e no volume.
Para quem privilegia a comodidade ou para quem casará de dia ou ainda para quem tem uma estatura baixa, os vestidos curtos são opções a serem consideradas porque além de serem bem vindos em qualquer ocasião no seu casamento é uma aposta que pode ser aplicada sem medo de ser feliz garantem muita feminilidade charme.
Para quem tem o corpo mais esguio, mas que prezam pelo visual clean, simples e clássico os longos, de corte sequinho ou levemente fluído chegam caracterizados por tecidos mais sofisticados como os drapeados, sobreposições, rendas, bordados e laços que conferem requinte e sofisticação às peças.
O que prevalece no decote é o estilo tomara que caia que impera na escolha das noivas mais ousadas e que pode combinar com o corte império, ajustado logo abaixo do busto valorizando e realçando a cintura além de passar muito romantismo.
Se preferir ainda mais sensualidade, aposte nos vestidos que trazem contorno ao busto na forma de coração que é bastante evidente na proposta da grife Christos.
Para quem quer fugir do decote tomara que caia, pode investir nos estilos assimétricos como os modelos de um ombro só que foi tendência em 2010 e que continua em 2011.
Para as futuras noivas, as aplicações ganham destaques que podem ser com flores, bordados de cristais, pedrarias nos tops e as plumas que são elementos responsáveis pelo requinte e romantismo aos modelos.
Como no tempo da aristocracia os vestidos coloridos voltam, porém, com cores mais discretas, como o nude, rosé, champagne e salmão.
Para estilistas mais ousadas como Carolina Herrera propõe cortes marcantes como o preto, enquanto Vera Wang investe no cinza. São opções para quem quer fugir do clássico, mas não sabe como o fazer para manter algumas características distintas dessa veste, são trazidas em peças atualizadas por conta de detalhes sutis coloridos. Esses são aplicados nas faixas ou marcações de cintura, barras, laços, bordados ou ainda em apenas algumas partes do vestidos.
Abaixo, verifique algumas dicas para os diversos "tipos físicos":
Se você é do tipo "baixa":
-Prefira modelos de vestido de noiva sem mangas, de corpo justo e com cinturas altas.
-Fuja de tudo que seja pesado e volumoso;
-Use sapatos altos e véu comprido para parecer mais alta;
Se você é do tipo "alta":
-Use decotes profundos e sinta-se à vontade para usar caudas longas com tecidos mais volumosos e justos ao corpo. (Os modelos de cintura marcada são os mais apropriados);
-Use sapatos de salto baixo, caso seu vestido seja mais curto na parte da frente;
Se você é "magra":
-Como as mulheres magras podem praticamente usar tudo, usufrua das saias e vestidos com cauda longa e com aplicações ou detalhes horizontais para dar amplitude à silhueta. Tecidos encorpados também são uma boa opção.
Se você é "gordinha":
-É preciso concentrar os detalhes no decote para que ele disfarce a cintura.
-Evite tecidos volumosos, como por exemplo , o tule. Fuja dos modelos de vestidos largos, pois eles irão chamar atenção para o que mais você quer esconder.
-Abuse nos decotes em "vê", pois irão ajudar a diminuir o busto ou corpetes com mangas secas;
Por: Viviane Ribas
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Jornalista e Publicitária
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